sábado, 5 de abril de 2014

Greve Suspensa

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE SUSPENDEM GREVE DE 57 DIAS

A luta continua: categoria aprovou vários encaminhamentos de luta para as próximas semanas


Prestes a completar 2 meses, a greve dos servidores da educação de São Gonçalo do Amarante foi suspensa nesta sexta-feira, 4 de abril, durante assembleia da categoria. Foram 57 dias de muita luta pelos direitos que nos são negados por um governo municipal truculento e perseguidor e que, sem nenhum escrúpulo, desrespeita os trabalhadores.

No dia 2 de abril, o Sinte-RN núcleo de São Gonçalo do Amarante se reuniu mais uma vez com a comissão de negociação, composta pelo presidente da Câmara Municipal, Geraldo Veríssimo; pelo Ministério Público Estadual (MPE); pelo Chefe de Gabinete, João Eider e pelo secretário de administração, Miguel Teixeira, para que a prefeitura finalmente pudesse apresentar sua proposta, principalmente sobre a correção salarial dos servidores de nível superior, referente aos anos de 2010, 2011 e 2012.

Porém, na audiência, os servidores souberam que a Promotora de Justiça havia se encontrado com o prefeito Jaime Calado para discutir a situação dos servidores. O chefe do executivo municipal se mostrou novamente contra a correção salarial e foi enfático ao afirmar que não irá conceder o reajuste, pois ele entende que já paga o piso salarial e que os professores de nível médio estão em extinção. Sendo assim, logo não haveria diferença.

Entretanto, nós servidores sabemos que isso não é verdade, que a prefeitura não paga o piso salarial e que essa recusa do prefeito apenas desvaloriza os servidores, nivelando a categoria por baixo, quando iguala os trabalhadores de nível superior aos de nível médio, utilizando-se de um argumento pobre.

Queremos dizer que, mesmo sem o reconhecimento da dívida que a prefeitura tem com os servidores de nível superior, saímes dessa greve vitoriosos, porque os demais pontos da pauta de reinvindicação foram conquistados. E essa conquista não se deve ao prefeito Jaime Calado ou ao secretário de educação, Abel Neto (petista e ex-sindicalista que traiu a categoria e chega até a demonstrar prazer em retirar direitos dos trabalhadores). Essa conquista se deve aos bravos guerreiros, que brilhantemente lutaram e lutam todos os dias contra os absurdos na educação pública deste município.

A luta continua nas ruas, mas agora segue também para a Justiça. Nesta próxima semana, a assessoria jurídica do sindicato entrará com um Mandado de Segurança Coletivo para garantir o descongelamento das promoções horizontais e verticais e espera-se que o Juiz responsável possa dar prioridade ao processo, já que muitos dos servidores que aguardam pelas promoções já são idosos.

A assembleia que suspendeu a greve também aprovou:

1.     A continuação da campanha Não Aceite Calado, com a confecção de um outdoor, nota impressa para a população, nota sonora em carro de som e adesivos para ser utilizados pelos professores em sala de aula;
2.    Um boletim impresso contando toda a trajetória da greve, do seu início até o fim;
3.    A preparação de um dossiê sobre a situação das escolas e dos salários dos professores e funcionários;
4.    Continuação dos estudos de polo;
5.    Reunião com os representantes das escolas;
6.    Reunião com os pais, servidores e o sindicato;
7.    Atos públicos nas comunidades, com o primeiro sendo no Amarante (data e horário a serem divulgados em breve)

Por fim, a assembleia também aprovou a participação dos servidores em um grande ato público no dia 16 de abril, quando ocorrerá uma audiência pública sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores de São Gonçalo. Os servidores farão uma caminhada de protesto até a prefeitura. A concentração será às 9h, na Câmara Municipal.


A greve foi suspensa, mas a luta continua, pessoal. Precisamos continuar mobilizados para mostrar a esse governo que os servidores NÃO ACEITARÃO CALADOS!

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