quinta-feira, 26 de março de 2015

Jornada Nacional de Lutas

ENTIDADES APROVAM JORNADA DE LUTA NACIONAL DE 07 A 09 DE ABRIL

A reunião do Espaço de Unidade de Ação que aconteceu na sexta-feira (20) no Sindicato dos Metroviários de São Paulo contou com a presença de diversas entidades de trabalhadores, estudantes e movimentos sociais. O centro do debate foi a conjuntura nacional à luz dos recentes acontecimentos no país e a preparação dos próximos passos das lutas unificadas dos trabalhadores em defesa de seus direitos. O tom do debate foi “Nem dia 13, nem dia 15! Vamos construir uma alternativa da classe trabalhadora, um campo independente de governos e patrões”.

Para os que estavam presentes, o desafio dos movimentos que estão no campo da esquerda é se diferenciar das bandeiras levantadas pelo setor capitaneado pela direita e que foi às ruas no último dia 15 de março; assim como se diferenciar dos setores governistas que seguem sustentando o governo mesmo com o ajuste fiscal, a privatização da Petrobras e a rejeição à desastrosa política econômica que afeta diretamente a classe trabalhadora.

Entre as resoluções, a reunião apontou como primeiro passo a participação no 26 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação, convocado inicialmente por organizações estudantis como Anel, Juntos e Esquerda da UNE. A data já foi incorporada por outras entidades do setor como os sindicatos de profissionais da educação estadual do Rio de Janeiro, Sepe, e Minas Gerais, SindRede BH, assim como o Andes-SN e o Sinasefe. Representante do coletivo Juntos, Natália Bittencourt ressaltou a reunião como um espaço privilegiado para o debate e chamou o reforço ao dia de luta em defesa da educação pública.

Ainda no dia 26 de março haverá um protesto na Petrobrás, durante a reunião do Conselho Administrativo da empresa. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e outras entidades farão panfletagem e ato contra a venda de ativos anunciada recentemente, “que na prática é mais um passo na privatização da empresa” alertou um dos dirigentes da FNP, Clarkson Nascimento.

Também houve acordo na construção de uma jornada de mobilização com paralisações a serem realizadas de 7 a 9 de abril, coincidindo com as jornadas de mobilização dos servidores públicos federais e outras categorias em luta. Os operários da construção civil do Ceará e os metalúrgicos de São José dos Campos e região, por exemplo, vão realizar paralisações.

Além disso, foi frisada a importância de que essas mobilizações sejam organizadas a partir de reuniões ou plenárias nos estados, ou seja, pela base dos trabalhadores. “Essas atividades devem ser ampliadas e fortalecidas com a presença de entidades e movimentos locais”, chamou atenção o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Sebastião Pereira, o Cacau, ao propor os encaminhamentos da atividade.

Entre as bandeiras comuns estão a luta contra as demissões que vem ocorrendo no país, os cortes orçamentários e ataque aos direitos dos trabalhadores, representados principalmente pelas medidas provisórias 664 e 665, editadas pelo governo Dilma e a reedição do projeto de lei 4330 que aprofunda as terceirizações e a precarização do trabalho, assim como a defesa da Petrobras 100% estatal e bandeiras específicas de categorias em seus estados.


Fonte: Sindsaúde-RN, com informações da CSP-Conlutas

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